quinta-feira, 13 de maio de 2010
Estudo em áudio, dividido em 2 partes, tratando do arrebatamento na ótica pós-tribulacional. Na parte 1 é respondido vários questionamentos dos participantes e na parte 2 acontece um estudo com alguns quesionamentos no final. Parece ser muito bom:
http://www.4shared.com/dir/6408469/967c2be/Sobre_o_Arrebatamento.html
Há também vários estudos sobre o livro do Apocalipse inteiro:
De 1:1 a 2:17
http://www.4shared.com/file/38295126/410b5539/Apocalipse_1_1__a__2_17_-_Gino.html
De 2:18 a 4:11
http://www.4shared.com/file/38295655/920c84c1/Apocalipse_2_18_a_4_11_-_Gino.html
De 5:1 a 9:14
http://www.4shared.com/file/38296110/91f00c21/Apocalipse_5_1__a_9_14_-_Gino.html
De 9:15 a 11:19
http://www.4shared.com/file/38296346/660893f/Apocalipse_9_15__a__11_19_-_Gino.html
De 12:1 a 14:20
http://www.4shared.com/file/38297074/79b962ec/Apocalipse_12_1__a__14_20_-_Gino.html
De 15:1 a 19:4
http://www.4shared.com/file/38297727/9888d196/Apocalipse_15_1__a_19_4_-_Gino.html
De 19:5 a 22:21
http://www.4shared.com/file/38294516/d593c943/Apocalipse_19_5_a_22_21_-_Gino.html
Nestes estudos sobre o Apocalipse há uns poucos pontos em que discordo do respeitado pastor. Mas a maior parte do estudo é muito boa.
Escutem e comentem.
O DIA DO SENHOR
Por Fernando Alves de Lima Jr.
As Escrituras têm muito a dizer com relação ao Dia do Senhor. Mas me parece que tem sido mal interpretado os textos que tratam deste terrível (ou maravilhoso) momento escatológico. Acompanhem o meu pensamento a respeito deste assunto.
1 Tessalonicenses 5:1-6 MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.
O Dia do Senhor virá como um ladrão na noite, é o que o texto acima nos ensina. O apóstolo esta escrevendo que acerca de tempos não há necessidade de escrever pois eles sabiam que o Dia do Senhor virá como um ladrão. Esta idéia de vir como um ladrão na noite é a de que aqueles que não estiverem vigiando serão pegos de surpresa, mas esse dia não pegará de surpresa os que estiverem na luz e vigiando (versos 4-6). Logo, a Igreja espera a vinda deste dia pois, de outra forma, não faria sentido o apóstolo dizer que este dia não os surpreenderão visto que estão na luz, e não nas trevas, como aqueles que serão surpreendidos.
Apocalipse 3:3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
O alerta do texto acima é para a Igreja. Veja que ele virá como um ladrão se não vigiarmos. Bem, até aqui tudo bem mas quando chegará o Dia do Senhor?
Mateus 24:37-44 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.
O Senhor Jesus informa que a vinda do Dia do Senhor nada mais é que o dia em que ele levará um e deixará outro.(versos 40 e 41). Esses dois versículos geralmente é interpretado como uma descrição do arrebatamento. Independente disso, o texto é um alerta para que a Igreja vigie. Em 1 Tessalonicenses 5:1-6 Paulo fala que a vinda do Dia do Senhor pegaria muitos de surpresa mas não os de Cristo pois estarão vigiando. Em Apocalipse 3:3, segundo texto que mostrei acima, o próprio Senhor nos informa que se não vigiarmos seremos pegos de surpresa. Agora, Em Mateus 24:37-44 vemos que, assim como foi nos dias de Noé em que o povo vivia suas vidas em total descaso aos sinais do juízo, assim também seria nos dias da vinda de Cristo, mas aqueles que vigiarem estarão preparados. Logo, é muito claro nos textos que a vinda do Dia do Senhor se dará no dia da vinda do Senhor e arrebatamento da Igreja, pois de outra forma não faria sentido Paulo e o Senhor nos exortar a vigiar para que não sejamos surpreendidos pela vinda desse Dia.
Por isso que os pré-tribulacionistas, como não aceitam de forma alguma que o arrebatamento aconteça depois da Grande Tribulação, interpretam esse Dia do Senhor como sendo o período da Grande Tribulação. Interpretando desta forma, é possível entender com uma mente pré-tribulacional os textos citados acima. Mas será que há embasamento bíblico para isso? Vejamos: A expressão "Dia do Senhor" não é apenas encontrada no NT. Aliás, sua origem esta no VT.
Isaías 2:12-17 Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido; E contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã; E contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados; E contra toda a torre alta, e contra todo o muro fortificado; E contra todos os navios de Társis, e contra todas as pinturas desejáveis. E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia.
O Dia do Senhor é o dia na qual toda arrogância humana será destruída e nesse dia só o Senhor será exaltado. Interessante notar que o texto não abre espaço para adoração a outro ser que não seja o Senhor. Ora, somente o Senhor será exaltado na Grande Tribulação? Ou não será nela que a besta será adorada e a apostasia será generalizada na terra? Mas vamos continuar o texto de Isaías:
Isaías 2:19-21 Então os homens entrarão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra. Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem. E entrarão nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas, por causa do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para abalar terrivelmente a terra.
Nesse dia, conforme o texto, os homens fugirão da glória da majestade do Senhor e se esconderão nas cavernas e nas covas assombrados diante da presença do Senhor.
Isaías 13:9-12 Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos. Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir.
Interessante a ligação que Isaías faz do Dia do Senhor a sinais no céu. O sol escurecerá, e lua e as estrelas não darão sua luz. Agora veja esse texto e compare com os dois últimos textos de Isaías que mostrei:
Apocalipse 6:12-17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue; E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Se compararmos esse texto de Apocalipse com os textos de Isaídas somos levados a concluir que o dia da Vinda gloriosa do Senhor Jesus é o Dia do Senhor, o dia de sua ira. Leia mais estes textos:
Joel 2:31 O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.
Esse texto de Joel é reafirmado por Pedro (Atos 2:20). Veja que os sinais no sol, lua e estrelas antecedem o Dia do Senhor. Ou seja, primeiro aparece os sinais, e só depois virá o Dia do Senhor. Agora vejamos o nosso próprio Senhor falando sobre o mesmo assunto:
Mateus 24:29-31 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
É impressionante como as profecias, tanto no VT como no NT, se encaixam perfeitamente!! O Senhor foi muito claro!! Se os sinais no céu (sol, lua e estrelas) antecedem o Dia do Senhor mas sucedem a Grande Tribulação (depois da aflição daqueles dias), então é muito claro que o Dia do Senhor NÃO É a Grande Tribulação pois é evidente nos textos aqui apresentados que esse Dia virá depois da Grande Tribulação. O Dia do Senhor virá com a vinda gloriosa de Cristo pós-tribulacional. E é nesse exato momento que acontece o arrebatamento dos escolhidos, dos santos do Senhor!!! Repare que o ajuntamento dos escolhidos acontecerá nos céus!! Em qual outro texto encontramos a vinda do Senhor, a presença angelical, a trombeta e o ajuntamento de escolhidos nos ares?
Existem mais textos que comprovam que o Dia do Senhor só virá após a Grande Tribulação.
Joel 3:11-15 Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó SENHOR, faze descer ali os teus fortes; Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do SENHOR está perto, no vale da decisão. O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.
Aqui o Dia do Senhor esta associado ao dia em que o Ele se assentará para julgar os gentios (Mateus 25:31-32). Esta associado também ao dia da ceifa na qual o lagar estará cheio. É associado também a multidões de gentios congregados em um vale chamado de vale de Jeosafá, ou, da decisão. Agora façam a comparação com os textos de Apocalipse:
Apocalipse 14:14-20 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura. E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada. E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.
Apocalipse 16:13-16 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.
O vale na qual os gentios serão congregados para uma batalha chama-se vale do Armagedom (o mesmo vale de Jeosafá). Todos esse eventos, a ceifa e a batalha do Armagedom, são eventos que acontecerão ao fim da Grande Tribulação. Interessante que em plena Grande Tribulação, com a presença ativa do falso profeta e a besta, e na iminência da batalha do Armagedom, ainda se clama que o Senhor Jesus virá como um ladrão. Mas a vinda como um ladrão já não deveria ter acontecido anos antes do evento em contexto?? Isso deixa ainda mais claro que o Dia do Senhor, aquele que não pegará a Igreja de surpresa por estar vigiando aqui na terra, só pode acontecer depois da Grande Tribulação.
Além disso, é nesse contexto de final da Grande Tribulação, de falso profeta, de anticristo e de batalha do Armagedom, que é anunciada a chegada das bodas do Cordeiro:
Apocalipse 19:7-15 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia. E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.
É somente nesse momento que é anunciada que é vinda as bodas do Cordeiro, e não antes da Grande Tribulação.
Diante de todas essas evidências bíblicas concluímos é impossível que o Dia do Senhor inclua o período da Grande Tribulação pois é muito claro que ele só pode acontecer depois da Grande Tribulação e não antes. Tendo agora essa visão totalmente bíblica do que vem a ser o Dia do Senhor vamos reler o texto de Tessalonicenses e Mateus observando com atenção os textos grifados.
1 Tessalonicenses 5:1-6 MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.
Pense comigo. Porque Paulo diria que não seremos surpreendidos pelo Dia do Senhor já que estamos vigiando se tivesse uma mentalidade pré-tribulacionista? Levando em conta que ele não pode se contradizer com o ensinamento bíblico sobre o Dia do Senhor.
Mateus 24:37-44 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.
Continuemos pensando: Porque o Senhor Jesus, ao comparar sua vinda como a de uma ladrão na noite, exortaria a sua Igreja a vigiar, inclusive citando o arrebatamento, se essa vinda como um ladrão é sua vinda gloriosa depois da Grande Tribulação? A não ser que, para o nosso Senhor, o arrebatamento não seja antes da Grande Tribulação... pense nisso.
Ainda com essas evidências em mente leia:
2 Pedro 3:1-14: AMADOS, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero; Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador. Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
Mais uma vez vemos que a vinda do Senhor é igualada a Vinda do Dia do Senhor (ou de Deus) como um ladrão na noite. Nesse dia, como diz o texto, os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão. E nesse texto somos exortados a viver de modo santo e piedoso, aguardando a vinda desse dia, o Dia do Senhor na qual os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão. Esse Dia também é chamado de dia de juízo e da perdição dos homens ímpios:
2 Tessalonicenses 1:4-10 De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais; Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
Nesse texto acima Paulo é muito claro sobre esse Dia. Ele começa falando das tribulações que os tessalonicenses sofriam. Depois ele diz que um dia Deus dará em paga tribulação aos que os atribulavam e descanso a toda a Igreja de Cristo ("descanso conosco"). É somente neste dia que Deus dará o definitivo alívio à Igreja de todas as suas tribulações. Quando será esse dia? Segundo Paulo, quando o Senhor Jesus se manifestar com os anjos de seu poder e como labareda de fogo que toma vingança de todos os ímpios. Ora, quando isso vai acontecer? Antes ou depois da Grande Tribulação? É evidente que acontecerá depois. Logo, a Igreja terá o definitivo alívio das suas tribulações depois da Grande Tribulação e não antes dela. Então o arrebatamento só pode acontecer depois da GT pois senão esse alívio aconteceria antes e não em um evento claramente pós-tribulacional.
Além disso, no texto Paulo afirma que neste Dia, em que Jesus vier para condenação dos ímpios, ele será glorificado nos seus santos e, neste Dia, se fará admirável em todos os que crêem. Mais uma vez deixando claro a presença da Igreja aqui.
Pensem nesses argumentos acima citados e comentem.
Deus abençoe a todos!!
Fernando A. Lima Jr.
Por Pr. Zwinglio Rodrigues
O debate escatológico sobre se o arrebatamento da Igreja se dará antes, no meio ou depois da Grande Tribulação, tem rendido muita reflexão teológica por parte dos exegetas. Muitas linhas têm sido escritas e muitos discursos têm sido propalados, principalmente quando há uma polarização das teorias pré e pós-tribulacionistas.
Os proponentes das três teorias indicam possuir fundamentos escriturísticos para posicionarem-se como posicionam-se. Contudo, parece-me que nessa dialética, o argumento pós-tribulacionista é o que melhor calça-se, escrituristicamente falando. Evidentemente, não buscarei demonstrar isso aqui de maneira exaustiva. Porém, analisando mais detidamente 2 Tessalonicenses 2:1-3, desejo expor um indicativo cristalino da maior consistência que envolve a tese pós-tribulacionista.
Antes de procedermos a exegese do texto, faz-se necessário informar que a segunda epístola paulina endereçada aos crentes de Tessalônica teve como propósito aclarar questões concernentes à segunda vinda de Cristo. Como haviam alguns crentes que estavam distorcendo os ensinos sobre o assunto, transmitidos na primeira epístola, o apóstolo viu-se forçado a ajustar as coisas doutrinando-os pela instrumentalidade de uma nova epístola.
Russel Champlin supõe que alguns dos crentes daquela comunidade poderiam está afirmando que Cristo já teria retornado, ao passo que outros teimavam por enfatizar em demasia a sua iminência. Independente de quais erros escatológicos estivessem em circulação naquela comunidade, o fato é que aqueles crentes estavam sendo perturbados por uma confusão doutrinal que precisava ser corrigida.
No capítulo 2:1-3, Paulo inicia sua ação pedagógica com vistas a deixar claro que Cristo ainda não tinha vindo e que a Sua vinda deveria ser precedida por alguns eventos. Ele diz:
“Irmãos, no que diz respeito a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos…” (v 1).
Nesse verso, encontramos o uso da palavra grega parousia que é traduzida por vinda, chegada. Rienecker e Rogers dizem que ela “era usada como um termo semi-técnico [...] para a aparição de um deus”[1].
Originalmente, parousia era uma palavra de uso secular que fora incorporada pela Igreja para, tecnicamente, indicar, no Novo Testamento, a Segunda Vinda de Cristo.
Indicando como um evento cocomitante à parousia, o teólogo de Tarso faz menção ao arrebatamento da Igreja ao usar a expressão “e à nossa reunião com ele”. No texto grego, encontramos o uso da palavra episunagoge que traduzida significa encontro, reunião, assembléia [2].
Observando o paralelismo de passagens, é possível notarmos que não há, nem por inferência, uma sugestão paulina de diferenciação entre o rapto da Igreja apresentado em 1 Tessalonicenses 4 e a parousia abordada no texto que ora analisamos. Ou seja, a idéia pré-tribulacionista de duas fases da Segunda Vinda de Cristo – a primeira para o arrebatamento e a segunda para o acerto de contas com as nações ímpias – parece não estar presente no pensamento paulino.
Paulo diz mais:
“[...] a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, que por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o dia do Senhor” (v 2).
Como já foi dito anteriormente, havia uma celeuma doutrinária no interior da comunidade quanto ao assunto em foco. Objetivando ordenar as coisas, o apóstolo é enfático no redirecionamento da maneira daqueles crentes pensar. Ele diz: “não vos demovais da vossa mente”. A palavra grega usada aqui é saleuo que significa abalar, mover-se para lá e para cá, titubear[3] e, mover, chacoalhar, perturbar[4].
O uso dessa palavra no texto indica-nos o estado presente da comunidade local e não a possibilidade dela vir a ficar assim. As coisas não iam bem ali. O estrago não era definitivo, mas era grande e, assaz ameaçador.
Chamando-os ao equilíbrio mental, com vistas à estabilidade subjetiva e congregacional, Paulo continua pondo a casa em ordem afirmando que dele nada procedera indicando que “tenha chegado o dia do Senhor”. Para alguns, o Senhor já tinha vindo e eles tinham ficado de fora do arrebatamento. A palavra chegado, no grego, é enesthken, o indicativo perfeito de enistemi que traz o sentido de estar presente, ter vindo [5]. Leon L. Morris também diz que “a palavra pode ser traduzida por está agora presente”[6].
Isso é o que se imaginava. Esse era o ambiente local.
No processo de ir sedimentando a paz e a correção doutrinal, o apóstolo fala de dois eventos que necessariamente hão de anteceder a parousia e que, obviamente, na compreensão escatológica dele, ainda não tinham ocorrido. Ele diz:
“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (v 3).
Não há dúvidas que para Paulo, o Segundo Advento de Cristo não se dará sem ser precedido pela apostasia e pela revelação do homem da iniqüidade (o Anticristo). Em Mateus 24:12, 15, encontramos também esse ensino declarado.
A palavra apostasia, segundo Ernest Best, I. Howard Marshall, e A. L. Moore[7] significa, no grego, queda, caída, rebelião, revolta.
A apostasia descrita aqui e em Mateus 24:12 indicada pela expressão “o amor se esfriará de quase todos”, refere-se a um acontecimento do tempo do fim e, portanto, jamais visto (1Tm 4:1-2; 2Tm 3:1-5). Suas características serão a universalidade (dentro e fora da Igreja), a intensificação da iniqüidade e uma profunda e radical malignidade.
Alguns intérpretes pré-tribulacionistas têm sugerido que a palavra apostasia aponta para uma saída da Igreja do mundo via arrebatamento. É evidente que essa compreensão é estranha ao uso comum de tal vocábulo no Novo Testamento.
Posterior à apostasia daqueles dias, há ainda, precedendo o retorno do Messias, um outro evento por acontecer: trata-se da manifestação do Anticristo.
Paulo usa dois hebraísmos para descrever o caráter desse homem: homem da iniqüidade e filho da perdição. A palavra usada no grego para iniqüidade é anomia que “descreve a condição de quem vive de modo contrário à lei”[8]. Já o vocábulo grego usado para perdição é apoleia que indica “aquele que está destinado a ser destruído” [9]. Ele é denominado filho da perdição por causa desse seu destino de ruína, mas, também, não foge a uma boa interpretação, compreendermos, mesmo que secundariamente, que ele levará muitos consigo ao fim que o aguarda. Ambas designações demonstram que o espírito no qual o Anticristo atuará é “segundo a eficácia de satanás” (v 9).
O contexto escatológico no qual o “abominável da desolação” (Mt 24:15) iniciará a implementação do seu reinado terrenal é o da Grande Tribulação (ambos estão entranhavelmente conectados). É nesse período que ele levantará uma perseguição contra os santos (a Igreja) do Senhor jamais experimentada (Ap 7:9, 11:7, 13:7, 10, 14:12, 15:3, 16:6, 17:6, 18:24).
Paulo, nos versículos 6 e 7, fala de um ”restringidor” que impede a revelação do Anticristo. Quem ou o que seria esse restringidor é razão de uma disputa grande entre os intérpretes. Para os teóricos do pré-tribulacionismo, é a presença do Espírito Santo na vida da Igreja que não permite que o homem da iniqüidade se manifeste. Com o arrebatamento da Igreja, o Espírito Santo seria removido e isso daria ao Anticristo, a oportunidade de se mostrar ao mundo e iniciar o seu reinado de ilegalidades. Henry Clarence Thiessen, um pré-tribulacionista, referindo-se a Scofield, Grant, Lincoln, Gray e Ottman[10], diz que estes também “afirmam que o que detém é o Espírito Santo, e que ele será afastado quando Cristo voltar para os Seus.”
Para Russel Shedd porém,
“Não existe apoio no Novo Testamento para esta sugestão. Parece até insustentável à luz duma comparação entre duas afirmações nas Epístolas aos Tessalonicenses. A primeira indica que haverá crentes até a chegada do Senhor na parousia. Paulo inclui a si mesmo entre os salvos que esperam a vinda de Cristo: “nós os vivos, os que ficarmos até a vinda (parousia) do Senhor” (1Ts 4;15), com 2Ts 2:8 que diz que o iníquo “será destruído pela manifestação da sua (Cristo) vinda (parousia)”. Nós, os vivos, (membros da Igreja na terra), ficaremos até o Anticristo ser afastado do poder [...]“[11].
Champlin esboça a seguinte compreensão sobre a possibilidade desse restringidor ser o Espírito Santo:
“Devemos também meditar na possibilidade que ainda que o Espírito Santo seja aludido, poderia ele remover o poder restringidor do Anticristo, sem que isso significasse que ele teria de deixar sozinha a Igreja de Cristo; e esta poderia ser protegida das perseguições até àquele ponto escolhido pela soberana vontade divina”[12].
Diante do raciocínio de Shedd, que descansa em um paralelismo bíblico livre de suspeições interpretativas, fica difícil, senão impossível, sustentar a opinião pré-tribulacionista. No caso de Champlin, mesmo admitindo a possibilidade desse restringidor ser o Espírito Santo, ele não trabalha com o raciocínio pré-tribulacionista que intenta remover a Igreja do tempo da Grande Tribulação.
Um outro problema da maneira da doutrina pré-tribulacionista conceber a parousia de Cristo, é que ela implica na invenção de dois estágios da segunda vinda de Cristo: o primeiro, nos ares, para arrebatar a Igreja e o segundo à terra para trazer juízo. Sobre esse assunto, Berkhof diz:
“Felizmente, alguns premilenistas não concordam com esta doutrina de uma dupla Segunda Vinda de Cristo, e se referem a ela dizendo que é uma novidade sem fundamento”[13].
Seguindo à mesma linha de raciocínio, Grudem diz:
“O Novo Testamento não parece justificar a idéia de duas voltas distintas de Cristo [...] Mais uma vez, tal posição não é ensinada de maneira explícita em nenhuma passagem, sendo uma simples inferência baseada em diferenças entre várias passagens que descrevem a volta de Cristo a partir de perspectivas distintas.”[14]
Bom, voltando à questão do restringidor, o que se pode dizer com segurança é que ele poder ser o Espírito Santo, mas não como “aquele” (v 7 – o gênero é masculino no grego) que sairá da terra com a Igreja em um evento que fraciona a parousia de maneira indevida com implicações antibíblicas.
Concluindo, penso que foi possível deixar claro que o texto de 2 Tessalonicense 2:1-3 nos informa que a nossa reunião com Cristo (arrebatamento) não se dará sem que a apostasia e o surgimento do homem da iniqüidade aconteçam. Também vimos que o período em que o Anticristo será conhecido chama-se de Grande Tribulação. Na junção desses tópicos escatológicos, compreendemos que 2 Tessalonicenses 2:1-3 é uma referência objetiva que favorece a teoria pós-tribulacionista. Optar pelo pré-tribulacionismo, é optar por ser contrário a essa Escritura e as que se seguem: Mt 24:22; Lc 21:36; 1Tm 4:1-3; 2Tm 3:1-5; Ap 7:14. Todavia, penso ser necessário, a despeito do posicionamento defendido aqui, que o debate e os estudos sobre a temática deva continuar.
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[1] RIENECKER, Fritz, ROGER, Cleon: Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 442.
[2] idem, p. 450.
[3] CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. São Paulo: Millenium, vol. 5, 1985 p. 239.
[4] Walter Bauer, W.F. Arndt, Dnker e Zabatiero Gingrich em Rienecker e Rogers, p. 450.
[5] Champlin, p. 240.
[6] em Rienecker e Rogers, p. 450.
[7] idem.
[8] George Milligan, idem.
[9] A. L. Moore e Ernest Best, idem.
[10] THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo: Regular, 2000, p. 330.
[11] SHEDD, Russel P. A Escatologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1991.
[12] Champlin, p. 246.
[13] BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 642.
[14] GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 969
Segue alguns sermões sobre escatologia:
O Fim do Mundo - Ricardo Gondim
Neste sermão o pastor Ricardo Gondim reconhece que é bem possível que a Igreja passará pela Grande Tribulação... ja é um bom começo. Ouça abaixo:
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Jesus Cristo, Esperança da Igreja - Augustus Nicodemus
Nesta sequência de 3 estudos o Rev. Augustus Nicodemus explana sobre o Sermão escatológico do capítulo 13 do evangelho de Marcos.
1- Destruição de Jerusalém: Ouça clicando AQUI
2- Principio da Tribulação: Ouça clicando AQUI
3- A Volta de Cristo: Ouça clicando AQUI
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O Anti-Cristo e a Apostasia - Augustus Nicodemus
Excelente estudo do Rev. Augustus Nicodemus baseado em 2 Tessalonicenses 2.
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Para fazer os downloads: http://www.4shared.com/folder/jzlJBUJM/_online.html