domingo, 16 de janeiro de 2011

A IGREJA PASSA PELA GRANDE TRIBULAÇÃO?
(Autor: Bispo José Ildo Swartele de Mello)

Os pré-tribulacionistas afirmam que Deus não permitirá que a Igreja sofra no período da Grande Tribulação. Mas, na Bíblia, não existe nenhum versículo que ensine que a Igreja não passará pela Grande Tribulação, nada existe também sobre uma Segunda Vinda de Cristo em duas fases ou etapas, separadas por sete anos de Grande Tribulação, e também não há nada sobre um arrebatamento “secreto”, pois não há nada de secreto e silencioso nos relatos que descrevem o arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16-17; Mt 24.31). Outra incongruência deste ponto de vista se pode ver na idéia de um arrebatamento para tirar a Igreja e o Espírito Santo da Terra antes da manifestação do anticristo. Se este fosse o caso, o anticristo seria anti o quê? Isto de remover a Igreja e o Espírito Santo e aí sim termos a conversão de Israel num período curto de 7 anos, é uma ofensa ao ministério da Igreja e do Espírito Santo. Um reducionismo da Missão da Igreja e do Espírito injustificável que promove escapismo e alienação, além de ferir o bom senso. Agora, vamos nos concentrar aqui mais em demonstrar que a Bíblia ensina claramente que a Igreja passará pela Grande Tribulação.

Jesus deixou claro que o primeiro requerimento para se ser cristão é “tomar a cruz” (Mc 8.34). Jesus disse também que “não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros” (Jo 15.20, cf 13.16, Jo 16.33), devendo o discípulo sempre ter a consciência de que, seguir o Servo Sofredor, que na cruz morreu, é se identificar com ele em todos os sentidos, não somente na glória da sua ressurreição, mas também na dor de seu sofrimento na cruz. E Paulo deixa bem claro que o cristão possui uma sina de sofrimento quando diz: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nEle” (Fl. 1.29) Paulo exortava os cristãos a permanecerem firmes na fé “mostrando que, através de muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22). São numerosos os textos que falam a respeito do sofrimento da Igreja e do cristão.i

A Igreja em todos os tempos sofreu perseguições fortíssimas. Como é que os cristãos primitivos poderiam entender que Deus não permitiria que a Igreja passasse pela Grande Tribulação sendo eles próprios vítimas de toda sorte de crueldades e sofrimentos, quando cristãos eram mortos por amor a Cristo aos milhares? Os primeiros séculos da era cristã são conhecidos como a Era dos Mártires. O Apóstolo Paulo não nos dá esperança de escape ao sofrimento, pelo contrário, ele diz aos cristãos de Roma: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou.” (Rm 8.35-37). Paulo ainda diz: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 2.12). O livro de Apocalipse tem como propósito confortar e animar cristãos que estão em grande tribulação (Ap 1.9; 2.3,9,10,13; 6.9s; 7.9-17; 11.1-10; 12.11, 17; 13.7,8; 14.1-5,13).

O apóstolo Paulo ensina que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele, reunião esta que se dá através do arrebatamento, conforme 1 Tessalonicense 4.16,17,ii “não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.” (2 Ts 2.3b,4). Os próprios dispensacionalistas concordam que o Anticristo se revela dando início ao período da Grande Tribulação. Portanto, o apóstolo nos garante que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele (o arrebatamento) só se dará após a revelação do “homem da iniqüidade”. O contexto é claro: os cristãos tessalonicenses estavam sendo perturbados por aqueles que ensinavam que Cristo poderia vir a qualquer instante e que até já havia se dado a vinda de Cristo (2 Ts 2.2). Sabemos que o que os tessalonicenses esperavam era a Segunda Vinda de Cristo que desencadearia o arrebatamento da Igreja (2Ts 1.10). Em outras palavras, aqueles cristãos tinham a expectativa do arrebatamento conforme foram instruídos pelo apóstolo (1 Ts 4.13-18). Paulo, então, procura acalmá-los dizendo que são falsos os ensinos que dizem que o arrebatamento chegou (v.2), pois isto não acontecerá sem que primeiro ocorram a apostasia e a revelação do iníquo, o que é o mesmo que dizer que o arrebatamento da Igreja não se dará antes do período da Grande Tribulação. Ao contrário, Paulo lembra que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele (v.1) se dará posteriormente a manifestação do Anticristo: “então de fato será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda” (v.8). Paulo não nos informa o que ou quem é que está detendo a manifestação do iníquo (v.6,7) mas, certamente, como vimos não se trata do arrebatamento da Igreja, pois Paulo deixa claro que o arrebatamento só se dará após a revelação do Anticristo.iii

O ensinamento de Paulo se encaixa perfeitamente com o ensino de Cristo, que afirmou: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24.29-31). Cristo ensina claramente que sua Segunda Vinda, o que inclui a nossa conseqüente reunião com ele, só se dará “logo em seguida à tribulação daqueles dias”. O ensino de Jesus e de Paulo era pós-tribulacionista. Os tessalonicenses não poderiam estar esperando um arrebatamento para os livrar da Grande Tribulação, pois eles estavam instruídos a respeito de que o desígnio de Deus para os cristãos é de tribulação: “a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Ts 3.3, ver também v.7; 2 Ts 1.4-7); como ensinou Jesus: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim... Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros... Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou... Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus... Esta coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo 15.18, 20, 21; 16.1,2,33).

Ainda sobre 2 Tessalonicenses 2, recomendo a leitura dos seguintes textos para se compreender melhor o significado que o Novo Testamento dá à expressão “dia do Senhor” (v.2): 1 Co 1.8; 5.5; 2 Co 1.14; 1 Ts 5.2; Fl. 1.10; 2.16; 2 Pe 3.10, 12; Ap 16.14 e Lc 17.24. Qualquer tentativa de distinguir entre o Dia do Senhor e o Dia de Cristo e encontrá-los em dois diferentes programas escatológicos, um para Israel e outro para a Igreja está fadada ao fracasso, pois, para os cristãos do Novo Testamento, Jesus é o Senhor! (Fl. 2.11; Rm 10.9). Ladd diz que a vinda de Cristo, para reunir seu povo, tanto os vivos como os mortos, para si (1 Ts 4.13-17), é chamada de o Dia do Senhor (1 Ts 5.2), como o é sua vinda para julgar os infiéis (2 Ts 2.2).iv
Contra a posição pré-tribulacionista temos ainda que nenhum texto tem sido encontrado em apoio a esse ponto de vista, nem nos escritos dos primeiros séculos, nem em escritos posteriores, até 1830, com Darby. Entretanto, inúmeros textos antigos atestam que o ensino cristão primitivo era de que a Igreja iria passar pela Grande Tribulação. George E. Ladd concluiu seus estudos sobre o período patrístico afirmando: “Cada pai da Igreja que trata do assunto prevê que a Igreja sofrerá às mãos do Anticristo”. v

O próprio Walvoord, um dos maiores expoentes do dispensacionalismo, chega a admitir que “pré-tribulacionismo”, i.é., uma vinda de Cristo antes da grande tribulação da Igreja, não é explicitamente ensinada na Escritura.vi Ladd comenta dizendo que o fato é que a esperança da Igreja não é um evento secreto, não visto pelo Mundo. A esperança cristã é o aparecimento visível da glória de Deus, no retorno de Cristo (Tt 2.13), a revelação ao mundo de Jesus como Senhor, quando ele vier com os anjos do seu poder (2 Ts 1.7).
Um texto usado pelos pré-tribulacionistas em defesa de que a Igreja não passará pela grande tribulação é o de Apocalipse 3.10: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei (tereo) da (ek) hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.” Erickson faz uma excelente exegese do texto dizendo que o sentido primário da preposição ek, “sair de dentro”, refuta a interpretação pré-tribulacionista do versículo. Para a Igreja emergir de dentro da hora do teste, deve ter estado presente durante aquele teste. O mesmo se dá em Apocalipse 7.14, onde os mártires saem “fora da (ek) grande tribulação”. A pergunta importante é por que João não empregou apo em Apocalipse 3.10, que pelo menos permitiria uma interpretação pré-tribulacionista. “Outra questão importante em Apocalipse 3.10”, conforme ressalta Erickson, “é o significado do verbo tereo. Quando está em vista uma situação de perigo, tereo significa ‘guardar’. O perigo está implícito na idéia de guardar. Sendo assim, se a Igreja está no céu nesta ocasião, conforme o ensino pré-tribulacionista, então, qual poderia ser o perigo que necessita a mão protetora de Deus sobre ela? Em João 17.15, tereo também ocorre juntamente com a preposição ek: ‘Não peço que os tires (airo) do (ek) mundo; e, sim, que os guardes (tereo) do (ek) mal’”.vii Portanto, em João 17.15, as palavras de Jesus nos ensinam que podemos ser guardados do mal sem necessariamente sermos tirados do mundo. O povo hebreu foi guardado das pragas que caíram sobre o Egito, mesmo estando dentro do Egito. Eles não precisaram ser arrebatados para serem guardados das pragas. É preciso também que se faça distinção entre “ira de Deus” e “perseguição do Anticristo”. Concordamos que a Bíblia ensina que seremos protegidos da ira de Deus (1 Ts 1.9-10; 5.9; Rm 5.9), mas, como já vimos, não é necessário ser arrebatado para ser guardado do mal.

Portanto, não existe nenhuma base bíblica para ensinar que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Mas, ao contrário, como vimos, existem dezenas de textos que ensinam que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Todos os registros históricos até o advento do dispensacionalismo (1830) revelam um ponto de vista pós-tribulacionista e não existe sequer um único texto neste longo período de quase dois mil anos de história da Igreja que registre a idéia pré-tribulacionista de um arrebatamento secreto para livrar a Igreja da Grande Tribulação.

Sendo assim, concluímos que a Igreja não só passará pela Grande Tribulação como já passou e, em muitos lugares e sentidos, tem passado por ela. E, baseados em Ap 20, podemos também concluir que haverá uma feroz investida satânica contra os discípulos de Cristo no final dos tempos, o que concorda também com o texto de Ap 12:12, que diz “ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta”.

i Exemplo de textos que falam do sofrimento cristão: Ap 1.9; 2.3,9,10,13; 6.9s; 7.9-17; 12.11,17; 13.7,8; 14.1-5,13; 16.15; 22.14; 2 Tm 1.8,12; 2.3,12; 3.12; Mt 5.11,12; 10.16,22,24,25,28-33,38-39; 22.2-6; Ef 3.13; 6.12; Fp 1.21,28,29; 3.10; 2 Ts 1.4,5; 1 Pe 1.6,7; 3.14,17;4.1,12-19; Jo 15.18-20; 16.33; At 14.22; Rm 8.17s; 12.12,15; 2 Tm 2.12; 3.12; Rm 5.3; Hb 11; 12.2-3; Sl 34.19; Tg 1.2-4,12; 5.7-11 1 Ts. 1.6; 3.4; 2 Co 1.3-10; 2.4; 4.7,8,11,17; 5.4; 7.4; 8.2; 11.23-27)

ii Comparar com 2 Ts 2.1.

iii Sobre esta questão, recomendo a leitura do livro “Teologia do Novo Testamento”, Ladd, JUERP, 1993, pp. 516-518.

iv Ladd, George, “A teologia do Novo Testamento”, JUERP, 1993, p. 513).

v Ladd, The Blessed Hope, p. 31 Apud Erickson, Millard. Um Estudo do Milênio São Paulo: Vida Nova. 1991, p.122.

vi (J. Walvoord, The Rapture Question (1957) ,p. 148, Apud Ladd, George “Teologia do Novo Testamento. JUERP, 1993, p. 514.

vii Erickson, J. Millard - Opções Contemporâneas Na Escatologia - Ed. Vida Nova - 1a ed. SP, 1982, p. 126.

Fonte: http://escatologiacrista.blogspot.com/2008/02/grande-tribulao.html (acessado em 13/01/2010)

15 comentários:

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  2. O comentário de George Augusto Rodrigues acima foi excluído pois o mesmo já postou exatamente o mesmo comentário em outra postagem.

    Caso queira ver este comentário poderá encontra-lo em: http://postribulacionismo.blogspot.com/2009/01/o-dia-do-senhor-1-tessalonicenses-51-6.html

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  3. de muito proveito este estudo , ja fui adepto do pré- tribulacionismo, mas hoje analiso e vejo ser muito inconsistente a posição pré - tribulacionista

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  4. É claro e evidente que a Igreja não passará pela grande tribulação. A grande tribulação é só para Israel e para os que não forem arrebatados com a igreja fiel, invisivel a igreja que só o Senhor Deus conhece...dai virá a grande tribulação a ultima semana de anos de Daniel...e as duas testemunhas e mais os 144 mil serão a igreja na grande tribulação...

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  5. Por favor responda-me só sete perguntas!
    1)Por que a instrução Bíblica de vigilância, já que irei passar pela Grande tribulação?
    2)Por que Jesus me chama de amigo (João 15,15). E permitiria eu enfrentar o juízo divino junto com os ímpios?
    3)Por que Deus não castigou Ló em Sodoma e Gomorra junto com os ímpios, mas enquanto ele estava lá os anjos não podiam agir para destruir a cidade (Genesis 19.22). Mas quando ele saiu com toda a sua casa veio o castigo?
    4)Por que devo crer que Jesus depois de me limpar do pecado de me amar, de me colocar como parte do corpo de Cristo, me castigará com um sofrimento que não existiu na terra (Mt 24.21)?
    5)Se Ele já me valorizou estando eu em pecado, não me valorizaria agora sendo eu parte do corpo Dele?
    6)Porque Deus salvou Raabe (Josué 6.25), uma prostituta de Jericó que acobertou os espias, e não salvaria a sua noiva (a Igreja) do período de Juízo para os ímpios? Não seria aqui uma demonstração clara de amor da salvação de Deus?
    7)Jesus mesmo disse que no mundo teríamos aflição, não posso negar o sofrimento na terra, mas não posso entender um Deus amoroso, que Deu seu Filho para o resgate de da noiva ( a Igreja) e depois de a ter resgatada vai castigá-la? Como entender isto?

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    1. Sua pergunta e muitas outras, tais como: Por que Os Cristão usavam "Maranata/Senhor nosso vem" um vez que Jesus não poderia vir antes do Anti-Cristo? Por que a Bíblia, nos exorta a está em constante vigilância, uma vez que, o arrebatamento ( na visão pós), não pode ser a qualquer momento? Sendo o Apocalipse o juízo de Deus contra as nações impias, que rejeitaram a Deus e sua palavra, bem como contra Israel, por ter rejeitado a Cristo, que parte a igreja tem nesse "juízo"? Os sinais não são para determinar "quando" e sim "que", não quando Jesus vem e sim que Ele vem. Na visão "pós": A igreja então sofrerá 5 meses de angustia Ap 9:5? A igreja estará será uns daqueles que irão mordem a "língua" de tanta dor por receberem a ira de Deus Ap 16:10? E muitas outras passagens que nos levam a perguntar, na visão pós-tribulacionista: Por que a Igreja esta bebendo o cálice da ira de Deus??? Gostaria de uma resposta bem consistente para isso!

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    2. Sua pergunta e muitas outras, tais como: Por que Os Cristão usavam "Maranata/Senhor nosso vem" um vez que Jesus não poderia vir antes do Anti-Cristo? Por que a Bíblia, nos exorta a está em constante vigilância, uma vez que, o arrebatamento ( na visão pós), não pode ser a qualquer momento? Sendo o Apocalipse o juízo de Deus contra as nações impias, que rejeitaram a Deus e sua palavra, bem como contra Israel, por ter rejeitado a Cristo, que parte a igreja tem nesse "juízo"? Os sinais não são para determinar "quando" e sim "que", não quando Jesus vem e sim que Ele vem. Na visão "pós": A igreja então sofrerá 5 meses de angustia Ap 9:5? A igreja estará será uns daqueles que irão mordem a "língua" de tanta dor por receberem a ira de Deus Ap 16:10? E muitas outras passagens que nos levam a perguntar, na visão pós-tribulacionista: Por que a Igreja esta bebendo o cálice da ira de Deus??? Gostaria de uma resposta bem consistente para isso!

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    3. O contexto de Ap 9:5 diz que isto acontecerá somente àqueles que não tem na testa o selo de Deus. Portanto não será sobre todos os homens. De forma semelhante, em Ap 16:10, a taça da ira de Deus é derramada sobre o trono da besta e, segundo o contexto, sobre os homens que blasfemavam contra Deus e não se arrependiam de suas obras.
      O termo "Maranata/Senhor nosso vem" não indica necessariamente iminência, mas é uma oração pedindo abreviação do tempo para a chegada deste dia maravilhoso esperado pela Igreja. Isto não quer dizer, de maneira alguma, que sinais não tenham que anteceder este momento. O problema é que os pré-tribulacionistas vêm o termo "ira" como sinônimo de 07 anos de Grande Tribulação. O pós-tribulacionista entende que esta ira será derramada ao fim da Grande Tribulação e será antecedida pela ira de Satanás e do anticristo contra os santos. Desta forma, a Igreja nunca beberá do cálice da ira de Deus.

      Deus o abençoe

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    4. Mas o contexto de Ap 9:5 sobre os "selados", está claro que é da tribo de "Israel" Ap 7, os "144 mil", não há nenhuma referencia a igreja. Dizer que a igreja estará, mas não sera afetada me parece meio sem nexo, é o mesmo que dizer que ela não passará, uma vez, que na sua visão, ela não sofre absolutamente "nada". Os que vem de grande tribulação ( Ap 7:14..) também não faz referencia a igreja de forma geral, uma vez que dentro da grande tribulação também haverá conversões. Maranata/Senhor nosso vem, não se trata de pedido de abreviação de tempo, não há respaldo para essa afirmação. Na visão Pós, parece que " perseverança a te o fim" é sinônimo que " os que foram resgatados e perdoados, que tiveram uma vida integra" ainda devem passar por mais uma prova ( que é a ira de Deus ), como se, Deus ainda estivesse em "duvida". Essa pergunta fica pairando no ar: Por que a igreja estará bebendo a irá de Deus?.

      A super-proteção da igreja ai fica meio sem sentido. A casa ao lado estará em tormentos por 5 meses, numa angustia terrível, fome, peste,sofrendo com as consequências da guerra... enquanto isso..a outra casa ao lado ( dos remidos e selados-dentro visão Pós) estará de boa na lagoa...

      Não haveria necessidades de vigilância a cerca da volta de Cristo ( não em relação ao pecado), uma vez que essa precisa de uma "Sinal-Chave". Tito 2.13 ( dentre outros versículos) Não haveria necessidade de "aguarda a manifestação", numa perspectiva fervorosa, uma vez que essa não pode ocorrer antes de um "Sinal-Chave". Importante lembrar, que, as pessoas que sem convertem dentro da grande tribulação passam a fazer parte corpo de Cristo, sendo assim, igreja, acho que é ai que o pós-tribulacionismo faz uma grande confusão, confundem a "igreja" que foi formada antes, com as pessoas que se convertem dentro da tribulação e passam a fazer parte do corpo de Cristo ( a igreja ), essas sim passaram, uma vez, que muitas igrejas, como mesmo vemos, vive de toda forma, evidentemente, irão passar na grande tribulação.

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    5. Mas o contexto de Ap 9:5 sobre os "selados", está claro que é da tribo de "Israel" Ap 7, os "144 mil", não há nenhuma referencia a igreja. Dizer que a igreja estará, mas não sera afetada me parece meio sem nexo, é o mesmo que dizer que ela não passará, uma vez, que na sua visão, ela não sofre absolutamente "nada". Os que vem de grande tribulação ( Ap 7:14..) também não faz referencia a igreja de forma geral, uma vez que dentro da grande tribulação também haverá conversões. Maranata/Senhor nosso vem, não se trata de pedido de abreviação de tempo, não há respaldo para essa afirmação. Na visão Pós, parece que " perseverança a te o fim" é sinônimo que " os que foram resgatados e perdoados, que tiveram uma vida integra" ainda devem passar por mais uma prova ( que é a ira de Deus ), como se, Deus ainda estivesse em "duvida". Essa pergunta fica pairando no ar: Por que a igreja estará bebendo a irá de Deus?.

      A super-proteção da igreja ai fica meio sem sentido. A casa ao lado estará em tormentos por 5 meses, numa angustia terrível, fome, peste,sofrendo com as consequências da guerra... enquanto isso..a outra casa ao lado ( dos remidos e selados-dentro visão Pós) estará de boa na lagoa...

      Não haveria necessidades de vigilância a cerca da volta de Cristo ( não em relação ao pecado), uma vez que essa precisa de uma "Sinal-Chave". Tito 2.13 ( dentre outros versículos) Não haveria necessidade de "aguarda a manifestação", numa perspectiva fervorosa, uma vez que essa não pode ocorrer antes de um "Sinal-Chave". Importante lembrar, que, as pessoas que sem convertem dentro da grande tribulação passam a fazer parte corpo de Cristo, sendo assim, igreja, acho que é ai que o pós-tribulacionismo faz uma grande confusão, confundem a "igreja" que foi formada antes, com as pessoas que se convertem dentro da tribulação e passam a fazer parte do corpo de Cristo ( a igreja ), essas sim passaram, uma vez, que muitas igrejas, como mesmo vemos, vive de toda forma, evidentemente, irão passar na grande tribulação.

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    6. Olá irmão.

      Quando se fala em escatologia devemos interpretar com muito cuidado. Ainda mais Apocalipse que é um livro que, devido o seu estilo literário, é cheio de simbolismos e não deve ser interpretado com tanta convicção pois é fácil cairmos em erros. Fica a dica.
      O assuntos dos 144 mil necessitaria um estudo bem mais trabalhado entre nós o que leva bastante tempo, o que não tenho no momento. Mas o fato é que o pós-tribulacionismo, assim como o pré, não acredita que os santos sejam alvo da ira de Deus, mas acredita que seja alvo da ira da besta. Se analisarmos a história sempre foi assim, seja de forma menos ou mais intensa, os santos sempre sofreram perseguições. Esta é a ira da besta. O pré-tribulacionista entende que 7 anos de GT é sinônimo de ira de Deus, mas o pós não interpreta assim.

      Agora, sobre a presença dos santos do Senhor na GT, analise comigo (leia os textos que citarei). Veja suas características:

      - Quando partem desta vida são considerados mortos em Cristo como nós (1 Tess 4:14, 1 Cor 15:17-18; Apo 14:13)
      - Guardam os mandamentos do Senhor e a fé em Jesus, como nós (Gal 3:7-9; 1 Jo 5:2, Apo 14:12)
      - Lavaram suas vestes no sangue do Cordeito, isto é, foram justificados no sangue de Jesus, como nós (Atos 20:28, 1 Pe 1:18-19, Apo 7:14)
      - São constituídos reis e sacerdotes em Cristo e reinarão com Ele, como nós (1 Pe 2:9; Apo 1:6; Apo 5:9-10; Apo 20:4-6)
      - São vencedores no sangue de Cristo, como nós (1 Jo 5:4; Rom 8:37; Apo 12:10-11)
      - Têm o testemunho de Jesus, como nós (Atos 1:8; Apo 1:2; Apo 1:9; Apoc 12:7). E, por terem o testemunho de Jesus Cristo, são nossos irmãos (Apo 19:10)

      Ora, se os santos presentes na GT tem todas as características que nós, Igreja, também temos, o que estão fazendo aqui na Terra, longe do Cordeiro e a noiva, longe das bodas do Cordeiro. São tão santos quanto nós, se não mais.

      Você diz que a igreja não esta no contexto de boa parte do Apocalipse, mas estes santos são tão santos quanto a noiva do capítulo 19 que foi vestida com linho fino, puro e resplandecente (justiça dos santos). Se são santos, comprados pelo sangue do Cordeiro, que tem a fé em Jesus, que são testemunhas de Cristo, são sacerdotes do Senhor e reinarão com Ele, então são membros do corpo de Cristo, como nós. Se o arrebatamento é antes da GT então apenas uma parte do corpo foi para as bodas, o que é impossível.

      Concluindo querido irmão, o que realmente não faz sentido é parte dos santos em Cristo sofrendo a ira de Deus na terra e a outra parte do corpo "de boa na lagoa" no céu. Pense nisso.

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  6. Caro escritor! Parabéns pelo texto. Tenho uma dúvida. Se na 2a vinda os salvos (todos) são transformados e os ímpios condenados (Mt 25), quem serão as nações rebeldes do final do milênio?!
    Abç
    Pr. Héber Diniz

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  7. Querido anônimo.

    Seus questionamentos foram muito interessantes e transformei em um post do meu blog.

    Tenha acesso direto ao post clicando AQUI.

    Deus o abençoe

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  8. Prezado Pr. Héber Diniz. Graça e paz.

    A resposta a esta questão depende da posição escatológica adotada.

    Os amilenistas e pós-milenistas não crêem em um milênio futuro. Então para eles estas nações rebeldes são na verdade a mesma multidão que segue o anticristo e são reunidos na batalha do Armagedon.

    A posição que adoto é a pré-milenista pois, apesar de reconhecer a dificuldade de entender o milênio, não vejo possibilidade de interpretar alegoricamente textos do Velho Testamento que apontam um reino de Cristo na terra. Por exemplo Zacarias 14.

    Portanto, acredito eu que estas nações são pessoas que são reinadas durante o milênio. Haverá pessoas de várias nações que não se ajuntaram ao anticristo apesar de não serem também cristãos. Estas pessoas se sujeitarão ao reinado de Cristo e a Igreja sobre a terra, mas não haverá uma conversão genuína. Isto será comprovado nesta rebelião final.

    Como disse, o milênio tem questões difíceis de responder seja qual for a posição escatológica, o que rende um bom debate.

    Deus o abençoe.

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  9. Só uma pergunta: Por que a Igreja beberá do cálice da ira de Deus sobre as nações impias?

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